29 de nov. de 2007
















nas asas púrpuras do beija-flor


envio uma carta de amor


selada num rubro temor






23 de nov. de 2007

OLÁ!!!



15 de nov. de 2007

Louvor


Folha branca, começarei a tingir em pinceladas rápidas a tua imagem insossa.

Passas agora a vibrar com imagens triunfantes, dengosas, delirantes, amorosas, reclamantes, gostosas, tolerantes, indecorosas, pedantes, glamourosas, sufocantes, charmosas, inteligentes, chorosas, cativantes, saborosas, amantes gozosas.

Desperta meu amor estruturado em tuas letras, compõe uma melodia agradável aos olhos, boa aos ouvidos. Calmante ao coração.

Transforma, rompe o limite, o valor, a necessidade de certezas, o comum.

Cria uma classe imaginária, sem regras e impedimentos.

Vence o desinteresse, a renúncia, a aceitação, a recusa.

Instaura a transgressão.

Prolifera o prazer da liberdade de criar.

Destrói os laços da lógica, da definição, da proibição, do contínuo, do ideal.

Violenta o território do possível, do suportável, do tolerado.

Busca o impossível e transforma em acontecer.

Insinua o corpo ardente em outros universos.

Abandona a característica e penetra no extraordinário.

Deseja a graça do imprevisível.

Vai, selvagem indomada e temível palavra.

11 de nov. de 2007

RETRATO DIGITAL



9 de nov. de 2007

CUMPLICIDADE

6 de nov. de 2007

de olho!

4 de nov. de 2007








Restos de amor
banidos da alma
ficam perdidos
no jato do dia

Cortes no gosto
da vida

Gestos rompidos
barram o trânsito
de corações amortecidos




Gilka Machado




Arte é ânsia de conter o infinito numa expressão.


2 de nov. de 2007

ILUSÃO



Tentei tanto quanto possível segurar aquela ilusão.

Foi o mesmo que segurar as pontas de um sonho que virou pesadelo.

1 de nov. de 2007

ALTOS & baixos



Um dia, herói
Noutro, perseguido
Uma hora, alegre
Uma interminável hora, triste
Um momento, amoroso
Num instante, raivoso
Aqui, um pouco tenso
Ali, bastante relaxado
Sempre, sempre,
poucas certezas
e muitas dúvidas

Altos e baixos
deles se faz a vida
se nessa gangorra
não encontrarmos o centro