17 de jun. de 2016
18 de nov. de 2012
30 de ago. de 2010
26 de ago. de 2010
Compartilhando belezas
Belíssima a poesia de Paulo de Carvalho:
o canto efêmero das manhãs
Se as manhãs são de vidro, desespero é sua
doença.
Inda que marcadas de sombras, são ofertas das
sobras.
Não tema os escuros, as noites são fêmeas
onde as mais excelsas manhãs adormeceram.
Despida de sol, quem te saberá a pele?
Nos estios de lua o que dirão teus olhos?
Mas se palavra em carvão se veste do aço,
desenha no corte exato, o crepúsculo da luz.
Quando luar; é lâmina curva e prata, fere!
Insinua a sombra lancinante de uivos ao chão.
Onde a mão oferta a ceifa, desnuda a uva;
o inverso incita o verso, faz-se alma e vinho.
Da tua patena, apreende-se o desejar do trigo.
De teus cálices sobejam águas, sede viva e sangue.
Agora,
anseio a mais densa noite na coberta dos cios.
Quando grávida dos cânticos, gestam o espírito.
Postado por Ana Viola às 19:29:00 1 comentários
5 de ago. de 2010
DAR
Dar por dádiva
Dar por ter muito
Dar por dar
Dar sem esperar
retorno
Postado por Ana Viola às 20:39:00 0 comentários
1 de jul. de 2010
2 de set. de 2009
7 de nov. de 2008
17 de out. de 2008
MUTANTE
Vejo as pessoas atualizando o perfil no orkut, parentesco, sobrenome, estado civil, entre outras coisas. Como fazer para estar atualizado? A vida é tão mutante...
Postado por Ana Viola às 16:57:00 0 comentários
10 de out. de 2008
Estranhamento
As palavras-idéias estão longe daqui.
Até o teclado está estranhando a ponta dos dedos. E vice-versa.
Postado por Ana Viola às 21:01:00 0 comentários
18 de set. de 2008
8 de set. de 2008
Histórias não contadas
Queria contar uma história
que ainda não tivesse acontecido
Queria inventar contos fascinantes
criar como um deus
seres alados que povoassem a imaginação
e acompanhassem as fantasias
das crianças e dos adultos
nas horas de ócio, nas dificuldades
ou nas noites de luar
Postado por Ana Viola às 19:58:00 0 comentários
19 de ago. de 2008
AH...
ah, esse amor
jogado a fundo perdido
mas pouco importa
por ser Amor, basta
quando te vejo com os olhos prateados
sei que somos de outra existência
e sei que encerras um mistério
que adoraria e receio desvendar
de onde vens? quem és?
onde nos encontramos antes?
te conheço e desconheço
reconheço e esqueço
brincas feliz quando me vês
e entonteço com esse algo que escapa
O quê, afinal, vejo em ti?
Postado por Ana Viola às 22:15:00 0 comentários
16 de ago. de 2008
QUISERA
Quisera ter inspiração para
escrever sem lei e sem senhor
Voar pelo abstrato
Expor-me à volúpia do silêncio
Amar aquilo que em ti me seduz:
tua alma, tua essência, tua luz
Sentir num lírico momento,
mais do que o possível
a um carnal amante:
o espírito do teu ser
Postado por Ana Viola às 12:48:00 0 comentários
5 de ago. de 2008
3 de ago. de 2008
25 de jul. de 2008
27 de jun. de 2008
Nesta vida aventureira
me mascaro
viro sombra
Sondando descaminhos
Difíceis de imaginar
Posso me encontrar
em vários lugares
(menos onde esperas)
na Idade Média
no século XXXIV
no espaço etéreo
no Hemisfério Imaginário
ou bem perto daqui
Ora fêmea
Ora macho
Ora misturadas peles
Peles que me Ponho
Postado por Ana Viola às 22:01:00 1 comentários
20 de jun. de 2008
6 de jun. de 2008
PÓS GAUGUIN
Postado por Ana Viola às 18:37:00 0 comentários
Marcadores: pintura, pirogravura sobre madeira
5 de jun. de 2008
6 de mai. de 2008
10 de abr. de 2008
29 de mar. de 2008
Série: Curiosidade II
Postado por Ana Viola às 15:26:00 0 comentários
Marcadores: pintura e fotografia, tecnica mista
Série: Curiosidade I
Postado por Ana Viola às 15:21:00 0 comentários
Marcadores: pintura e fotografia, tecnica mista
22 de mar. de 2008
A proposta
Há séculos um homem da família era escolhido para tornar-se frade.
Ele foi o escolhido.
Não queria.
Foi obrigado.
Começou seus estudos e vivia triste. Sonhava em casar-se e ter filhos.
Um dia, colhendo ervas medicinais na montanha, lágrimas brotaram de seus olhos e ao caírem sobre uma planta desconhecida começaram a evaporar gases e um cheiro agridoce espalhou-se no ar.
O estudante cambaleou e uma paz profunda o invadiu. Ao recobrar os sentidos percebeu que diante estava parado um homem belíssimo.
Antes de poder pronunciar qualquer palavra escutou o outro dizer: “Sei o porquê de sua tristeza”.
O jovem olhou-o espantado e ficou mais atarantado ainda ao ouvir suas próximas palavras: “Se queres realizar teu sonho só existe uma maneira – é transformando-se em cavalo”.
“Cavalo? Mas aí, em vez de mulher e filhos, terei éguas e potros! O senhor está querendo zombar de mim?”
“Calma meu jovem, ainda não terminei. Se aceitares a minha proposta deverás viver 100 anos desta maneira e irás passar por inúmeras dificuldades que irão colocar à prova a sua determinação. Viverás sempre junto a outros dois cavalos e, dos 3, serás o mais feio e o mais fraco, de forma a nunca ser o preferido. Esquecerás que um dia fostes humano. Terás diversos donos e a todos servirás humildemente. Terminado este prazo estarás livre, mas somente se neste meio tempo pertenceres a uma jovem que te ame muito, apesar da tua condição.”
“Mas que desgraça... e não tenho nem a certeza de que encontrarei esta jovem?”
“Não.”
Sem pensar um milésimo de segundo o jovem respondeu: “Vale o sacrifício”.
Um empurrão violento e uma voz conhecida dizendo: “Tá na hora, levanta pra trabalhar”, o trouxe a realidade.
Postado por Ana Viola às 11:41:00 0 comentários
8 de mar. de 2008
Simples
Postado por Ana Viola às 11:03:00 0 comentários
Marcadores: arte. artes visuais, tecnica mista
25 de fev. de 2008
Le chat de la sorcière
Postado por Ana Viola às 23:34:00 0 comentários
Marcadores: animais, feiticeira, gato, sorcière, witch
22 de fev. de 2008
caldo
tô tirando o caldo de ti
que escorre entre os dedos
Postado por Ana Viola às 00:20:00 0 comentários
Marcadores: prosa poética
17 de fev. de 2008
paisagem 55
Postado por Ana Viola às 02:28:00 0 comentários
Marcadores: pintura sobre madeira, técnica mista
6 de fev. de 2008
A montanha e o rio
quero saber mais do teu silêncio
e como é silêncio
nada escuto além dos sons da natureza
os grilos fazem serenatas
as cigarras inundam o ar
cachorros falam entre si
daqui e dali
asas batem no céus
e carros deslizam
ora lentamente, ora velozes
Essas sinfonias conheço bem
Agora, só quero saber mais do
Teu silêncio
intenso silêncio
tão cheio de significados desconhecidos
como se você fosse a montanha
eu, o rio que passa e te toca
e nada sabe
Postado por Ana Viola às 18:12:00 1 comentários