30 de jul. de 2005

Objetos de culto

Todos temos objetos de culto preferidos,
alguns por opção, outros por desconhecimento,
outros ainda, no exercício de criação

Abandono o hábito-mortalha dos sentidos
adentro a tentação, a profanação, a magia,
as visões de sonhos e os signos indecifráveis

Com a imaginação lasciva imaginante,
crio novas sintaxes, esqueço o pecado,
e abstraio a dimensão da norma

Com fé e com Bosch visito outros reinos,
sem esquecer de Santo Antão,
que já conhece o caminho.