Sem grandes idéias para um texto decidi ir ao dicionário e com o dedo apontar uma palavra, e a partir dela, desenvolver o tema. Qual seria aquela que iria me inspirar? Abri e o dedo apontou = compadecer. Ora, ora, ora. Ora, mas que palavra mais triste. No meio de tantas outras aparece logo ela. Há tantas coisas por aí que podem provocar compaixão. Ó! Tantas coisas há para condoer-se. Mas depois daqueles últimos escritos, temas indigestos, quero mesmo é uma palavra mais alegre do que esta e voltei a buscar.
Agora sim: fluorescer! Sim, emitir luz! Que se faça a luz! Luz ainda que vinda de forma artificial – artificial por ela ter sido obtida subjugando o resultado inicial à minha vontade – mas passemos por cima disso e deixemos pousar uma luminescência de boas vibrações sobre o nosso ato de se compadecer com o presenciado, com o sabido por ter ouvido ou por ter lido notícias sobre fatos acontecidos. E também usemos nossa capacidade de suportar o quase intolerável, e então, busquemos nossa compaixão para com o outro que sofre.
E ainda, num outro sentido, compadeça-se com tudo que representa o
tigreto dismilinguido
que vai junto desta missiva.
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