30 de ago. de 2010
26 de ago. de 2010
Compartilhando belezas
Belíssima a poesia de Paulo de Carvalho:
o canto efêmero das manhãs
Se as manhãs são de vidro, desespero é sua
doença.
Inda que marcadas de sombras, são ofertas das
sobras.
Não tema os escuros, as noites são fêmeas
onde as mais excelsas manhãs adormeceram.
Despida de sol, quem te saberá a pele?
Nos estios de lua o que dirão teus olhos?
Mas se palavra em carvão se veste do aço,
desenha no corte exato, o crepúsculo da luz.
Quando luar; é lâmina curva e prata, fere!
Insinua a sombra lancinante de uivos ao chão.
Onde a mão oferta a ceifa, desnuda a uva;
o inverso incita o verso, faz-se alma e vinho.
Da tua patena, apreende-se o desejar do trigo.
De teus cálices sobejam águas, sede viva e sangue.
Agora,
anseio a mais densa noite na coberta dos cios.
Quando grávida dos cânticos, gestam o espírito.
Postado por
Ana Viola
às
19:29:00
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5 de ago. de 2010
DAR
Dar por dádiva
Dar por ter muito
Dar por dar
Dar sem esperar
retorno
Postado por
Ana Viola
às
20:39:00
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